quarta-feira, 2 de abril de 2014

Não inventa, professor.

Tata Martino e Pep Guardiola resolveram inventar moda nesta terça-feira e quase colocaram tudo a perder nos jogos de ida das quartas de final da Liga dos Campeões. Contra o Atlético de Madrid, o técnico do Barça voltou a insistir em escalar Neymar no lado direito do ataque, utilizando Iniesta no setor em que o brasileiro gosta de atuar. Fora de sua posição habitual, o camisa 11 pouco participava das ações. Na metade da segunda etapa, o treinador resolveu corrigir seu erro.

Pep Guardiola, técnico do Bayern

Aos 22 minutos, Fàbregas, até hoje sem função clara no time, deu lugar a Sánchez, que passou a ocupar o lado direito. Neymar retornou para a esquerda, e Iniesta se deslocou para o meio. Bastaram três minutos para que o Barcelona empatasse o jogo. Mais recuado, exercendo sua função ideal, o espanhol deu um lindo passe para o brasileiro marcar e evitar a derrota do Barcelona no Vicente Calderón.

Guardiola mandou a campo contra o Manchester United uma equipe sem a referência no ataque. Müller jogava sozinho no setor. No primeiro tempo, os bávaros promoveram um massacre no Old Trafford, dominaram os ingleses completamente, mas não finalizavam. Vários cruzamentos pelo alto e por baixo e muita troca de passes na entrada da área em busca de alguém para concluir as jogadas. A bola cansou de passar pela defesa sem que ninguém a empurrasse para o gol.

 Tata Martino, técnico do Barcelona

Apenas aos 17 do segundo tempo, Pep percebeu o equívoco e promoveu a entrada de Mandzukic na vaga de Müller, que vira peça nula sem um companheiro no ataque. O resultado? Dois minutos depois, o grandalhão croata recebeu cruzamento e tocou de cabeça para Schweinsteiger empatar. A rodada desta terça-feira mostra que não é preciso inventar mudanças mirabolantes para ser eficiente. Fazer o simples na maioria das vezes ainda é a opção mais eficaz.

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