Tata Martino e Pep
Guardiola resolveram inventar moda nesta terça-feira e quase colocaram
tudo a perder nos jogos de ida das quartas de final da Liga dos
Campeões. Contra o Atlético de Madrid, o técnico do Barça voltou a
insistir em escalar Neymar no lado direito do ataque, utilizando Iniesta
no setor em que o brasileiro gosta de atuar. Fora de sua posição
habitual, o camisa 11 pouco participava das ações. Na metade da segunda
etapa, o treinador resolveu corrigir seu erro.
Pep Guardiola, técnico do Bayern
Aos 22 minutos, Fàbregas, até hoje sem função clara no time, deu
lugar a Sánchez, que passou a ocupar o lado direito. Neymar retornou
para a esquerda, e Iniesta se deslocou para o meio. Bastaram três
minutos para que o Barcelona empatasse o jogo. Mais recuado, exercendo
sua função ideal, o espanhol deu um lindo passe para o brasileiro marcar
e evitar a derrota do Barcelona no Vicente Calderón.
Guardiola mandou a campo contra o Manchester United uma equipe sem a
referência no ataque. Müller jogava sozinho no setor. No primeiro tempo,
os bávaros promoveram um massacre no Old Trafford, dominaram os
ingleses completamente, mas não finalizavam. Vários cruzamentos pelo
alto e por baixo e muita troca de passes na entrada da área em busca de
alguém para concluir as jogadas. A bola cansou de passar pela defesa sem
que ninguém a empurrasse para o gol.
Tata Martino, técnico do Barcelona
Apenas aos 17 do segundo tempo, Pep percebeu o equívoco e promoveu a
entrada de Mandzukic na vaga de Müller, que vira peça nula sem um
companheiro no ataque. O resultado? Dois minutos depois, o grandalhão
croata recebeu cruzamento e tocou de cabeça para Schweinsteiger empatar.
A rodada desta terça-feira mostra que não é preciso inventar mudanças
mirabolantes para ser eficiente. Fazer o simples na maioria das vezes
ainda é a opção mais eficaz.
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